scrolling='no' A propaganda nem sempre é a alma do negócio, ainda mais em tempos de web 2.0 | Tendências de marketing digital e redes sociais na Web 2.0

O Marketing Digital nas Plataformas de Redes Sociais

A propaganda nem sempre é a alma do negócio, ainda mais em tempos de web 2.0

terça-feira, 22 de março de 2011

Redes Sociais é uma eterna brincadeira de telefone sem fio

Você já parou para pensar que os administradores de empresas não gostam nem de ouvir a palavra: Propaganda? Para eles investir em propaganda é literalmente jogar dinheiro fora.


Vamos entender o por quê?

Conversando pelo MSN com uma amiga administradora que está montando sua loja de acessórios, ela deixou bem clara a visão que a mesma tem com relação ao investimento; através do seguinte questionamento: - Pri, você já viu alguma propaganda do Ábade?

Nota:

*Ábade para os meus leitores de outros estados do País, é um restaurante de classe alta daqui de Natal.

Ela quis me dizer que o Ábade, a pesar de ser muito conhecido, não investe em propaganda por que eles não precisam, uma vez que o bom serviço deles já fideliza e chama os outros clientes por indicação. Ou seja, o público do Ábade é quem faz a propaganda do restaurante para outras pessoas e assim mais e mais clientes conhecem o restaurante, não por que passou a propaganda na televisão, mas sim por que o melhor amigo foi ao restaurante, gostou do atendimento e da comida e indicou, ou seja, uma pessoa que foi quem indicou a marca a outra e não a própria marca se auto-indiciando para os demais, como é a propaganda.

Daí eu perguntei para ela: O que isso lembra? Ela respondeu enfaticamente: Uma rede social. Eu disse, pois é. O restaurante criou sua própria rede social e isso só foi possível por que o serviço é realmente bom, embora nem todos possam pagar para tê-lo – outras classes sociais. E é exatamente isso o que acontece: As propagandas estão aos poucos entrando em desuso, isso é fato. Quantas vezes vemos empresas investindo milhões em propagandas de televisão, vinheta de rádio e etc e não obtêm retorno algum? Várias e várias vezes. Porém, quem nunca presenciou a ascensão de uma pequena marca, só pela boa reputação passada por alguém que a consumiu, foi bem-atendido ou algo do tipo? Inúmeras vezes!

Propaganda é como uma pessoa se “autoestimando” demais, chega uma hora que os outros indivíduos irão simplesmente ignorá-la. Funciona assim também com a propaganda: A marca falando que ela é demais é a melhor etc e tal – é óbvio demais. Ela vai sempre mostrar as qualidades dela e não o contrário, simples assim, e nós sabemos que Nada é Perfeito. É uma indicação suspeita a se seguir. Agora, quando é outra pessoa falando, uma terceira que nada tem a ver com a história, aí sim surte mais efeito - É simples, viu publicitários? Só um toque e reflitam sobre o assunto – nada contra a classe publicitária, muito pelo contrário, apenas acho que a maioria é previsível demais – e a previsão não tem muito em comum com a criatividade.

Um breve exemplo:

A minha prima é proprietária da Pizzaria Calígula que fica na praia da Pipa – litoral sul do RN. Algum tempo atrás ( 2005 – quando as pessoas estavam engatinhando na Internet e nas Redes Sociais) Ela invistiu horrores em propaganda - Jingle, cartazes em toda a cidade, spots na rádio cidade, enfim investiu por que falavam que era bom. Contratou uma agência boa e tudo, mas o investimento dela não aumentou a clientela, nem diminui obviamente, permaneceu a mesma coisa - empatando. Ela como toda administradora pragmática, deixou de lado a tentativa de investir em propaganda tradicional, pois nada havia gerado de retorno e decidiu por conta própria utilizar a Internet como auxiliadora. Criou alguns perfis nas redes sociais, que na época era somente o Orkut e um pouco de Facebook, visto que em Pipa vai muito estrangeiro; começou a enviar E - marketing para os contatos trocou banners com alguns sites e blogs, resultado: aumentou o crescimento da Pizzaria devido o fato de o público dela está presente na Internet e pela abrangência que a mesma alcança. Resultado: A Calígula ganhou força em Natal e ela teve que abrir uma filial aqui – na Ribeira, o borburinho causado foi tão grande que pessoas daqui saiam para Pipa e escolhiam a Pizzaria dela para saborear pizza e isso tudo apenas com o investimento em publicidade digital – na época investindo quase nada em comparação com o que ela havia investido meses atrás com a propaganda tradicional.

Eu sempre afirmo que Comercial de TV é over, que outdoors só poluem a paisagem, que ninguém em sã consciência pára para ouvir o locutor com aquela voz de quem tá com uma batata na boca falando sobre determinado produto, ou seja, é passado. Ninguém presta mais atenção APENAS nesse modelo – Dói, mas é verdade. Algumas são muito bonitas, outras nem tanto, algumas mais parece vídeos feitos por ainda universitários e não profissionais formados, outras ao invés de ajudar a marca, elas as põem em um enorme buraco negro. É muito arriscado e por ser arriscado, os administradores preferem deixá-los de lado. Mas, essa "raiva" que os gerentes de empresas têm de propagandas vem do fato que muitas vezes o retorno investido, não é gerado, e aí já viu, né? Time is money, e por isso, somente isso, os profissionais formados em administração preferem se resguardar - como foi o caso da administradora da Pizzaria Calígula e afirmando o pensamento da minha amiga administradora de loja.

Sugestão: Que tal usarmos a convergência midiática?

Termino o meu texto com a seguinte opinião:

Comercial de TV é coisa do século XX. Hoje talvez a maioria das pessoas não percebam por que ainda estão muito presos a hábitos antigos, porém uma pequena parcela da população já percebeu e acordaram para o óbvio: Público quer interagir com o produto, fato que absolutamente somente as propagandas não conseguem oferecer.


Priscylla Duarte | Jornalista
@priscylladuarte

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